A SIC não vai emitir este domingo o terceiro episódio de Super Nanny, programa que estreou no dia 14 do corrente mês e que foi alvo de criticas de várias frente por expor indevidamente a identidade das crianças que estariam a ‘ser ajudadas’ por Teresa Paula Marques.
As criticas vieram ‘(…) da Ordem dos Psicólogos à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, passando pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, além das habituais revoltas nas redes sociais,(…)’ como avança a editora Impala aqui , com um texto com o título
‘Ficou chocado com «Supernanny» portuguesa? Versão lusa é brincadeira de crianças’
Isto depois da própria SIC ter feito um debate esta semana sobre o programa em que juntou à mesa a directora de programas da SIC, Júlia Pinheiro, Conceição Lino, a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), Rosário Farmhouse, e de Dulce Rocha, do Instituto de Apoio à Criança, onde reforçou a sua opinião, usando a voz de Júlia, de como ‘(..)teve sempre o objetivo de auxiliar pais e educadores a melhorarem a relação com os seus filhos, ajudando a estabelecer regras e limites, criando assim uma dinâmica familiar mais saudável(…)’, algo que pode ser lido no comunicado oficial do canal.
Se é correto, as opiniões dividem-se. Se é um momento importante? Sem dúvida.
Talvez por termos uma directora de canais que se vê obrigada a ir contra aquilo que acredita por pressões externas.
Por termos uma televisão privada que está cada vez mais na mão das grandes massas e pressões públicas.
Por ficar mais claro a pouca força que o TV tem face ao impacto das redes sociais.
Por termos figuras públicas que defendem o decoro em tantos campos e que aqui ficaram do lado do programa que usa imagem de crianças para gerar audiências.
Por termos comediantes censurados, desta vez, a censurarem.
Por estes motivos e mais alguns este momento é muito importante para a televisão/sociedade portuguesa.
#RubenBranco123 